Dores na coluna atingem pessoas de todas as idades

As dores na coluna deixaram de ser exclusividade das pessoas idosas,
hoje este mal atinge também muitos jovens e adolescentes.
Horas em frente a um computador e a falta de exercícios físicos
colaboram para o aparecimento de dores lombares ou na cervical.
“Somos a civilização dos sentados, e, quando ficamos muito tempo
nesta posição, forçamos a coluna, principalmente a região lombar”,
explica o sócio e diretor médico da Clínica Santo Antônio,
Dr. Alfredo Coppola. Ele salienta também que o sedentarismo ajuda
a reduzir a musculatura, principal sustentação da coluna.
“Se a coluna fosse completamente reta, não precisaríamos dos músculos,
porém, como há curvas fisiológicas, existe a necessidade de músculos
para manter o equilíbrio e isto explica a importância do exercício físico”,
justifica Dr. Coppola.
Entre as doenças que podem aparecer na região da coluna, o diretor médico
da Clínica Santo Antônio cita como exemplo a escoliose, que consiste
em uma curva no plano das costas. A enfermidade pode apresentar
um formato em “C” ou uma dupla curva em “S”. Dr. Coppola ressalta
que o aparecimento desta doença força a musculatura a manter o equilíbrio
da coluna, e por isso provoca dores. Há dois tipos de escoliose: a idiopática,
que recebe este nome quando a causa é desconhecida, e a compensatória,
que ocorre, por exemplo, devido a um encurtamento real de uma perna
ou defeito no quadril. Ambos são os tipos mais comuns em pessoas
na faixa entre os 13 e os 30 anos.
Em idosos, as dores na coluna são mais frequentes, justamente pela redução
de atividades físicas e a consequente fragilidade na musculatura. Dr. Coppola
orienta a todos seus pacientes que façam exercícios físicos, principalmente
musculação. “Hoje é comum pessoas com idade avançada praticarem
musculação. Após vários estudos foi comprovada que esta modalidade
esportiva é benéfica. Sempre defendi esta tese, mas em décadas passadas
recebi críticas por esta afirmação”, salienta o médico. A hidroginástica,
complementa o médico, também é outra prática esportiva recomendada
para pessoas da faixa etária acima dos 60 anos.
Há casos extremos de doenças que não há recuperação e traumas
em acidentes e ocorrem quando a medula fica comprometida.
Outra situação que precisa de cuidados é a compressão entre as vértebras,
que geralmente ocorre devido a algum tipo de acidente. Dr. Coppola
ressalta que se a medula não for descomprimida rapidamente o risco
para a ocorrência de lesões graves é elevado. “Caso este problema
não seja tratado, há riscos de paralisia”, alerta o médico.
Para casos mais graves, ele aconselha a prática de fisioterapia,
pilates e natação, porém ressalta que o paciente deve procurar
seu médico para que seja orientado sobre o exercício mais adequado.



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