segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

                        Nunca é tarde para ter mais saúde !!!

É o momento certo!Estamos no início do ano e a maioria das pessoas faz planos e decisões para os dias, semanas e meses que se vão estender diante de nós. Este pode ser o ponto de viragem em muitos aspectos da nossa vida e, um deles, talvez aquele que mais nos afecta, é, sem dúvida, a saúde.
missing image fileA saúde não é apenas a ausência de doença, mas sim o resultado de uma série de factores que influenciam o bom (ou mau) funcionamento dessa máquina espantosa que é o nosso organismo.
Muitos desses factores estão ligados ao estilo de vida que levamos, a escolhas que fazemos, a hábitos que praticamos. Ou seja, dependem de nós e da nossa vontade.
Todos conhecemos o provérbio: “Pela boca morre o peixe.” E é pela boca, ou seja pela nutrição que hoje praticamos, que muitos de nós estão a sofrer de doenças, de problemas graves de saúde, que não só impedem que desfrutemos de um dia-a-dia equilibrado e ameno, mas que diminuem a qualidade e a longevidade da nossa vida. Por isso, creio que é válido dizer: “Diz-me o que comes... e dir-te-ei a saúde que terás.”
Ao iniciar um novo ano, será bom reflectirmos sobre os nossos hábitos alimentares e sobre os erros que estamos (ou não) a cometer nessa área tão importante da nossa saúde. E tomar as decisões adequadas!
missing image fileNo começo dos anos 1900, as pessoas ingeriam 70% das proteínas de que necessitavam a partir de alimentos vegetais. Hoje, pelo menos 70% das proteínas que ingerimos são oriundos de alimentos de origem animal, ricos em gorduras e colesterol. O que, de certa forma, me leva a dizer que podemos estar a cavar a nossa sepultura com a faca e o garfo.
“O quê? Os alimentos causam doenças?” são perguntas que, logicamente, implicam uma resposta. E a resposta é SIM! E não me refiro apenas aos corantes, conservantes e outros “antes” que se encontram em profusão na alimentação que hoje se come às nossas mesas. Há mais culpados na lista, e penso que não falharei muito se disser que todos eles podem ser eliminados, dependendo apenas da nossa decisão pessoal.
Hoje pensa-se que há 7 erros graves que são praticados na nossa alimentação e que afectam, e muito, a nossa saúde. Vejamos quais são:

1)
 O uso de açúcar. O Instituto Nacional de Pesquisa americano diz que mais de 20% das calorias que ingerimos diariamente provêm de açúcares refinados e adoçantes. Essas calorias são “vazias”, quer dizer, não têm fibras nem nutrientes e, dada a sua alta densidade, apenas servem para promover a obesidade. E a obesidade é a mãe de vários filhos indesejáveis: problemas de coluna e articulares, diabetes, problemas cardiocirculatórios, entre outros.
O ideal seria reduzir a ingestão de açúcares simples (sacarose), de absorção rápida, ao mínimo, evitando as bebidas açucaradas, os refrigerantes, as doçarias e produtos de pastelaria. Atenção, também, ao “açúcar escondido”, que entra em muitos alimentos pré-preparados. O aconselhado é usar açúcares de absorção lenta, ou seja hidratos de carbono, que se vão libertando progressivamente no organismo.

2)
 O uso de alimentos refinados. No passado, as pessoas achavam que a refinação apurava a qualidade dos alimentos, eliminando componentes considerados inúteis e daninhos. Ora, o que a refinação faz é, nem mais nem menos, eliminar um dos elementos imprescindíveis dos alimentos: a fibra (além de sais minerais, por exemplo). Hoje sabe-se que a acção da fibra é fundamental na protecção contra certas doenças e problemas de saúde, como alguns tipos de cancro, ajuda a estabilizar o nível de açúcar no sangue (glicemia) e, por isso, ajuda na resposta à diabetes, no controlo do peso, e ainda na prevenção de alguns problemas gastrointestinais, como prisão de ventre, diverticulite, hemorróidas, cálculos biliares, etc.. O uso de alimentos integrais, de origem vegetal, especialmente de cereais, permite responder a estes dois aspectos importantes para a manutenção de uma boa saúde: não só contribuem com a fibra necessária, mas também são eles que fornecem os açúcares de absorção lenta (hidratos de carbono).
missing image file3) O uso de sal. Um dos hábitos mais prejudiciais para a saúde é o uso excessivo de sal. Estudos realizados indicam que, na sociedade ocidental, se ingerem entre 10 e 30 g de sal por dia, por pessoa, o que representa entre duas e seis colheres de chá. Não é só o sal que é colocado dentro da panela que conta. Muitas vezes, acrescenta-se sal à mesa. Isso para não mencionar o sal que já é incluído nos alimentos que se compram pré-cozinhados, enlatados, conservados, salmouras, produtos de charcutaria, etc. … Na realidade, a quantidade de sal ingerida é vinte vezes superior às necessidades diárias do nosso organismo e isso contribui, de forma notável, para problemas cardiocirculatórios, (entre eles a hipertensão – o chamado “assassino silencioso”–, deficiências cardíacas e aterosclerose), problemas renais e outros. Tendo em conta as necessidades do nosso organismo, bastaria ingerirmos uma colher de chá de sal por dia. Referimo-nos, claro, ao sal acrescentado aos alimentos, já que a maioria deles já contém, no seu estado natural, algum sal. Logo, uma alimentação em que predominem os alimentos mais naturais e integrais, necessita de muito menos sal acrescentado. Por outro lado, pode substituir-se, com vantagem, o sal por outros temperos (ervas aromáticas, alho, etc.), que não são prejudiciais para o organismo.
4) O uso de gordura. A maioria de nós não se dá conta de que, diariamente, introduz no seu organismo algo como 37% de calorias sob a forma de gorduras. Elas encontram-se em todos os alimentos, quer na forma acrescentada (molhos, temperos, gorduras animais usadas para cozinhar ou para fritar, margarinas, manteigas, etc.), quer na forma “escondida”, acrescentada a alimentos pré-preparados (produtos de pastelaria, conservas, molhos, etc.). O processamento desta gordura excessiva representa um esforço enorme para o nosso organismo, e muita dela acaba por se depositar nas veias e artérias, entupindo-as (arteriosclerose), com os consequentes resultados desastrosos para o nosso aparelho circulatório e para a nossa saúde, em geral. Com o excesso de gordura no nosso organismo podem surgir: impotência, tromboses, obesidade, diabetes e alguns tipos de cancro. Se juntarmos gordura e açúcar (como acontece em muitos produtos ingeridos como sobremesa (bolos, doces, fritos), o problema agrava-se ainda mais. Sendo a maior parte dessas gorduras de origem animal, elas são, também, ricas em colesterol, um poderoso inimigo do nosso aparelho circulatório. Devemos, portanto, evitar todo o tipo de gorduras de origem animal, ao mesmo tempo que reduzimos ao mínimo o uso de gorduras vegetais. Cuidado, também, com as gorduras hidrogenadas, ou seja, com todas aquelas que, à temperatura ambiente, se mantêm duras. Isto porque elas são fruto da mistura dos óleos com átomos de hidrogénio, o que provoca o aparecimento de radicais livres.
5) A ingestão excessiva de proteínas. A sociedade ocidental ingere uma grande parte das suas proteínas alimentares a partir de alimentos de origem animal. Isso implica que, se a nossa alimentação for rica em produtos desse tipo, estaremos a ingerir duas a três vezes mais proteínas, gordura e colesterol do que o nosso organismo pode usar. Quais são os problemas disso? Bom, alguns deles já os focámos nos pontos anteriores: doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, com o seu rosário de dolências. Mas a ingestão excessiva de proteínas pode ter ainda outras consequências: além de contribuir para a acumulação de calorias vazias (a proteína não usada pelo corpo, acumula-se sob a forma de lípidos), o excesso de proteínas contribui para uma desmineralização óssea acentuada (a eliminação das proteínas em excesso arrasta consigo o cálcio ósseo, provocando a chamada osteoporose) e para a formação de depósitos de ureia nas articulações, levando ao aparecimento de artrites, artroses, gota, etc.. O nosso organismo precisa apenas de 0,8 g de proteína/dia/kg de peso, se formos de estatura média, com um peso e índice de gordura corporal saudáveis, mas sedentários. No caso de realizarmos exercícios físicos moderados, a necessidade de proteína passa para 1 g/dia/kg de peso. No caso de exercício físico intenso, a necessidade diária é de 1,5 g/dia/kg de peso. Hoje, os cientistas da nutrição consideram mais saudável uma alimentação menos rica em proteínas e pobre em gorduras e colesterol, ou seja, deveríamos procurar a fonte das nossas proteínas em alimentos de origem não animal e usá-los com moderação. Isso promoverá uma melhor saúde e mais longevidade.
6) O uso de bebidas alcoólicas e refrigerantes. Hoje, embora seja feita muita publicidade aos benefícios do uso da água, muita gente ainda bebe mais refrigerantes, cafés, bebidas alcoólicas (cerveja) e chás do que água pura. E isso várias vezes, ao longo de um só dia. A maior parte dessas bebidas é rica em calorias vazias, provenientes de açúcares e de álcool, que desequilibram completamente os níveis de açúcar no sangue. Ao serem gaseificadas (na sua maioria), essas bebidas alteram o ciclo da digestão no estômago, ao mesmo tempo que introduzem no nosso organismo corantes, conservantes, adoçantes, fosfatos, cafeína e outros produtos químicos prejudiciais e desnecessários. O uso desse tipo de bebidas não só contribui para riscos acrescidos de doenças metabólicas e circulatórias (diabetes, obesidade, arteriosclerose, etc.), como também promove a criação de hábitos alimentares errados, já que, em geral, estão associadas àquilo a que chamamos junk food (comida rápida), que em nada contribui para uma boa saúde. O melhor líquido que podemos ingerir, para que o nosso organismo funcione a 100%, é água pura. Não só ajuda a limpar o organismo de impurezas e resíduos, mas também favorece a circulação sanguínea e hidrata a pele. Um mínimo de 8 copos de água diários, tomados entre as refeições, são o ideal.
7) O hábito de fazer “lanches”. Hoje não há instituição, escola, hospital, empresa em que não existam máquinas de sandes ou de bebidas, e em que não haja um bar ou uma cantina, onde se servem refeições “contra-relógio”. A pausa-café é algo que passou a fazer parte dos hábitos da maioria das pessoas. Essas refeição rápidas e pouco nutritivas substituíram as refeições tomadas em família, planeadas, com pratos bem preparados e alimentos mais saudáveis. Essas refeições ultra-rápidas são preparadas com alimentos em que estão incluídos conservantes, estabilizantes, corantes, saborizantes que tornam essa comida muito agradável ao paladar, mas que não dão nada (ou quase nada) de bom em nutrientes que o nosso organismo possa usar adequadamente. Na verdade, esses lanches sobrecarregam o estômago, desregulam a digestão e provocam problemas gástricos, como azia, peso no estômago, indigestão. Se, a tudo isto, acrescentarmos ainda os pequenos-almoços quase inexistentes ou de má qualidade, os almoços a correr e compostos por sandes, bolo, café e pouco mais, e os jantares fora de horas e pesados, chegamos à conclusão de que é quase um “milagre” não sofrermos ainda de mais doenças. Na verdade, seria bom seguirmos um provérbio antigo que diz que, “ao pequeno-almoço, comida de rei; ao almoço, comida de príncipe, e à noite, comida de pobre”.
Há alguma coisa “boa” para comer?É compreensível que surja essa pergunta na mente dos nossos estimados leitores. Nos pontos citados anteriormente, demos alguns exemplos de alimentos saudáveis: cereais integrais, verduras, frutas, proteínas e hidratos de carbono de origem vegetal, água pura para beber. Seguindo um regime mais natural, equilibrado e variado, e menos carregado de produtos processados, conservados, refinados e de origem animal, estaremos a dar ao nosso organismo todos os nutrientes de que ele necessita, sem o perigo de acumularmos resíduos, toxinas e gorduras no nosso corpo.
Assim estaremos a preparar o caminho para uma boa saúde, durante mais anos.

Nenhum comentário:

Chat Blog da Paulinha