Alimentação no inverno

No inverno, o corpo do ser humano precisa de maior quantidade de calorias para manter a temperatura corporal, e ainda aumentar a resistência orgânica. Percebe-se esta maior necessidade na vontade de comer alimentos mais quentes e no próprio aumento da ingestão de alimentos, especialmente os mais gordurosos e calóricos.

Segundo a nutricionista Eliane Mojen, em função do frio, o organismo efectua um maior gasto de energia para a manutenção da temperatura corporal. “Para compensar esse gasto energético é necessária uma maior ingestão de calorias, em torno de 20 a 30% a mais do que nos dias quentes”, comenta.

No entanto, a nutricionista aponta os perigos da alimentação no inverno. Para ela, algumas pessoas passam a ter mais fome e a comer mais do que precisam. “Tem gente que costuma ultrapassar esses 20 a 30 % de acréscimo calórico, exagerando na ingestão alimentar e abusando de refeições muito gordurosas, muito comuns neste período do ano. O resultado é um aumento de peso indesejável e, em casos mais sérios, problemas de saúde como aumento do colesterol, disfunções no fígado e vesícula”, afirma.

Uma boa opção para evitar esses problemas seria adaptar a preparação dos alimentos consumidos no clima frio e torná-las menos calóricas e gordurosas. Seguem algumas dicas:

·         As sopas devem ser preparadas com legumes batidos, sem adição de creme de leite ou massas; pode-se acrescentar a elas algumas fibras, como o farelo ou fibra de trigo ou o farelo de aveia. Sabe-se que as fibras ajudam a regular a função intestinal, a manter o colesterol em níveis normais e a provocar uma maior sensação de satisfação.

·         O chocolate quente pode ser substituído por um chá com adoçante, que esquenta o organismo da mesma forma, ou então pode-se prepará-lo com leite desnatado e achocolatado.

·         Os queijos amarelos devem ser trocados pelos brancos.

·         Quando for impossível resistir à feijoada, deve-se consumi-la com moderação: arroz, feijão, couve sem bacon, e carnes mais magras, já que normalmente a carne usada em feijoadas é muito gordurosa e calórica.

·         A carne de porco deve ser evitada e substituída por outras como: patinho, que por serem um pouco mais duras devem ser preparadas na pressão. Uma boa forma de consumi-las é ensopada.

“De qualquer forma, todo controle de alimentação deve ser feito com bom senso. Se o indivíduo quer emagrecer, não deve nunca partir para uma restrição alimentar muito rígida, pois as “dietas de fome” podem causar sérios prejuízos à saúde, como anemia, úlcera, gastrite, problemas de digestão”, afirma a nutricionista. Sem contar que um mínimo de gordura é necessário ao nosso organismo, pois ela é responsável pelo transporte das vitaminas: A, K, E e D. Além disso, a gordura realiza protecção contra choques e é um isolante térmico.

Ouve o que fala a nutricionista sobre a alimentação no inverno

A vida real
A advogada  comenta que um dos seus hobbies é comer, mas o outro é se olhar no espelho e se sentir bem. Por isso, não abre mão de uma boa comida no inverno, mas não deixa de lado os pneuzinhos acumulados.
Eunice conta que sempre auxilia a sua empregada na hora de preparar os alimentos. “Gosto de comida bem-feita, mas sei que é necessário observar a quantidade de gordura utilizada no preparo da comida. O caldo fica uma delícia com azeite, mas para atingir meus dois objectivos que são comer bem e manter meu peso e minha saúde, é preciso dosar”, afirma.
Dosar na quantidade de alimentos ingeridos e balancear com os exercícios na academia. Eunice diz que faz personal treinner três vezes por semana e que pretende emagrecer dois quilos nos próximos dias. “Estou com viagem marcada e pretendo emagrecer antes de embarcar. Com a chegada do inverno sinto mais fome e os alimentos são mais calóricos e mais atraentes. Por isso, me alimento sempre com enorme prazer, mas com os cuidados que a nutricionista recomenda e fazendo as actividades físicas na academia”, descreve.